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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Como curar o sistema público de saúde?


Como curar o sistema público de saúde?

Planos de saúde terão novos procedimentos obrigatórios
(Getty Images)
As famílias brasileiras financiam a maior parte das despesas de saúde no país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Do total gasto em 2007, cerca de 128 bilhões de reais (57,4%) vieram dos bolsos dos cidadãos, ante 93 bilhões de reais (41,6%) provenientes do setor público.
O problema é que tanto o serviço público quanto o privado desafiam a saúde e o folêgo dos brasileiros. O maior estorvo, é claro, está no atendimento oferecido pelo governo. De acordo com levantamento realizado junto a secretarias de saúde de sete capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo Horizonte e Curitiba), ao menos 171.600 pessoas estão na fila para fazer uma cirurgia eletiva - procedimento agendado, que não possui característica de urgência. A demora para a realização de um procedimento ortopédico, por exemplo, pode levar até cinco anos.
A qualidade do serviço também é influenciada pela insatisfação dos médicos que trabalham para o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Instituto Brasileiro para Estudo e Desenvolvimento do Setor de Saúde, em média, a remuneração dos profissionais da área pública é metade da paga pela privada. Em alguns casos, a diferença é exorbitante: uma equipe de seis profissionais recebe 940 reais do SUS por cirurgia, enquanto receberia até 13.500 reais dos planos de saúde.
Diante do caótico quadro da saúde pública, os brasileiros se esforçam para manter planos privados. Atualmente, 26,3% da população - ou 49,1 milhões de pessoas - compromete parte darenda para ficar longe dos hospitais públicos. O desafio é manter as contas em dias à medida que envelhecem. Aos 60 anos, um assegurado pode ter que desembolsar mais de 700 reais para manter um plano básico, suficiente apenas para ocupar um leito de enfermaria ao lado de  outros pacientes, em caso de internação.
E as perspectivas não são boas. De acordo com estimativa realizada pelo Idec e pelo Procon, se mantidas as atuais condições de reajustes, nos próximos 30 anos, os planos de saúde deverão sofrer reajustes 126,67% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em outras palavras, esse serviço se tornará proibitivo para boa parcela da população que hoje o possui.
Por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o governo já tentou regular os preços dos planos, colhendo alguns fracassos. E nada indica que futuras intervenções obteriam resultado diferente. E isso tem uma razão simples: as operadoras de saúde são empresas que realizam investimentos em tecnologia, estrutura e pessoal, contraem despesas e precisam honrar suas contas a cada final de mês. Elas estabelecem um valor a seus serviços levando em conta o custo deles e os preços de mercado. Portanto, pretender decretar o quanto essas companhias deveriam cobrar é uma medida que desafia razões elementares de mercado - em, outras palavras, briga com a realidade.
Frente a esse quadro, cresce ainda mais a importância da discussão acerca do sistema público de saúde - alimentado com o dinheiro que sai do bolso do contribuinte. Mas que, em geral, não trata bem esse cidadão.
Durante esta semana, VEJA.com vai analisar a realidade do sistema público de saúde, ouvindo especialistas e as campanhas presidenciais, para saber, afinal, que Brasil os candidatos pretendem construir nos próximos quatro anos.
Você também pode participar, dizendo o que pensa sobre o assunto. Deixe sua opinião na área de comentários desta página e participe da enquete a seguir.
fonte Revista Veja.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Filas da morte na saúde pública, ou taxação sobre bancos e remessas ao exterior?


por

Filas da morte na saúde pública, ou taxação sobre bancos e remessas ao exterior?


na Carta Maior
Em 2007, uma coalizão de partidos e forças conservadoras extinguiu a CPMF no Brasil: R$ 40 bilhões por ano foram subtraídos do dia para a noite do orçamento federal sem que se medissem as consequências para a saúde pública.
O jogral midiático conservador alegava que a contrapartida vantajosa viria da redução do ‘custo Brasil’. Não há registro de abatimento de preço de qualquer empresa a partir dessa decisão.
Na verdade, a taxa irrisória de 0,37% sobre o cheque penalizava apenas grandes transações, ademais de dificultar a circulação do dinheiro ilegal e a sonegação embutida na prática do caixa 2 .
Cruzamentos de dados da Receita Federal demonstraram que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil. Nunca.
O financiamento da saúde pública voltou agora à discussão no Congresso com o debate em torno da emenda 29, que disciplina a destinação de verbas federais ao setor.
Corajosamente, o PT advoga a criação de uma taxa específica sobre o lucro bancário e sobre as remessas de lucros do capital estrangeiro para suprir a extinção da CPMF.
A cantilena do ‘custo Brasil’ afia as garras midiáticas em direção contrária: mais uma vez tentará convencer a classe média a rechaçar a taxação obre os ricos, independente da fila da morte enfrentada pelos pobres no funil do SUS.
Se quiser vencer a disputa o PT precisará afrontar o mito neoliberal, radicalizado pelo Tea Party nos EUA, que demoniza os fundos públicos e engessa a ação do Estado na economia.
Alguns dogmas que devem ser desmascarados no caso brasileiro:
a) a carga fiscal do país, da ordem de 35% do PIB, cai substancialmente quando descontados subsídios e incentivos ao setor privado;
b) debitados, por exemplo, os 6% do PIB entregues aos rentistas no pagamento do juro da dívida pública, a carga líquida já cai a 29%;
c) cerca de 44% da carga fiscal brasileira advém de imposto indireto embutido nos produtos de consumo, pesando assim proporcionalmente mais no orçamento dos pobres do que no dos ricos;
d) levantamento feito pela instituição inglesa UHY demonstra que a alíquota fiscal máxima brasileira é uma das mais amigáveis do mundo com os ricos, situando-se em 54º n ranking de intensidade;
e) pesquisa do Inesc de 2007 mostra que o lucro dos bancos brasileiros aumentou 446% entre 2000 e 2006, enquanto o IR do setor só cresceu 211%: em termos absolutos os assalariados pagam quatro vezes mais imposto que os bancos;
f) por fim, cabe lembrar que as remessas de lucros e dividendos do capital estrangeiro crescem explosivamente nas contas nacionais: somaram US$ 30,4 bi em 2010, salto de 20,4% sobre 2009.
Gostaria de convidar a todos os meus amigos do facebook a comparecer na praça civica Centro de Goiania no dia 24 de novembro as 9 da manha onde teremos um protesto contra o descaso com a saaude publica.
Também gostaria de pedir a todos que se possivel compartilhe esse evento e faça convite a seus amigos.
Muito obrigado
https://www.facebook.com/events/293428864101040/?fref=ts

sábado, 27 de outubro de 2012


O DESCASO COM A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

“Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”, já dizia Gonçalves Dias em um dos seus famosos versos românticos onde demonstra sua imensa admiração pela paisagem do nosso país um lugar tão belo, mas com tantos problemas onde um dos principais é a precariedade da saúde pública, o caos no atendimento da população de baixa renda, com equipamentos sucateados ou inexistentes e a escassez de medicamentos, que fazem parte da realidade dos hospitais brasileiro. Será que só porque e público e para atender a população carente, não faz parte do Plano de Governo como prioridade? O que presenciamos constantemente em relação à saúde publica no Brasil, são pessoas morrendo dentro dos hospitais, por falta de socorro médico, leitos insuficientes para atender a tanta demanda e até escassez de material de consumo para proteger a saúde da população. Esta é uma dura realidade que coloca em suspeição a eficiência e eficácia do SUS (Sistema Único de Saúde). A situação fica ainda pior com a super lotação dos hospitais do interior dos estados, com condições precárias bem piores do que nas capitais, acabam por transferir para leitos hospitalares das cidades que mal possuem abrigo para a demanda já existente e com isso acabam provocando aglomeração nos corredores com macas improvisadas (a maioria das vezes nem isso se encontra), a espera de um atendimento. Médicos são injustamente responsabilizados pela má condição de atendimento, mas estes são obrigados a acumular uma carga horária exaustiva acumulando vários empregos para poderem viver dignamente e recompensar o investimento na sua formação. Formação, diga-se de passagem, que só apresenta “status”, pois se eles fossem remunerados pela responsabilidade de seu trabalho não necessitariam ter uma carga horária tão grande e a qualidade de seu atendimento para o público carente não estaria como se encontra. E ainda são obrigados a atender pacientes com falta de medicamentos, equipamentos precários que não benefeciamo número de usuários que é maior do que o hospital pode suportar. A política de governo aplicada para a saúde pública no país, pelo atual presidente e pelos governadores de estados, é de total “descaso”, pois investir em “SAÚDE” e “EDUCAÇÃO de “QUALIDADE” não atrai votos no período eleitoral. E muitos alimentam a cultura que basta distribuir alguns sacos de cimentos e alguns blocos para a construção de um “puxadinho” que não sai tão caro se manter a promessa de saúde e educação de qualidade. O Brasil é o segundo país em que o cidadão é obrigado a pagar mais impostos do que os outros países desenvolvidos, (o primeiro é a Suíça, mas neste país a carga tributaria elevadíssima dá retorno para o cidadão tanto em saúde como em educação de qualidade o que propicia a ele não recorrer ao atendimento privado), a diferença é que nos países de “Primeiro Mundo”, esse de tipo de problema não existe . Isto tem contribuído para o aumento do caos da saúde pública. As autoridades competentesalegam constantemente que não há recursos, mas sabe-se que é mesmo falta de interesse, pois verbas altíssimas são repassadas para os estados (como forma de se fazer alianças para aprovação de projetos do governo federal e que acaba contribuindo para o desvio dessas verbas para benefícios próprios), dizendo-se que são para projetos de governo para beneficiar a população. Só não existe recurso para atender às necessidades da população pobre. Para a corrupção, tem-se de sobra. Falta de leitos nos atendimentos de emergência, de vagas para quem necessita de internamento, falta de medicamentos além de equipamentos hospitalares sucateados aliados ao péssimo controle da vigilância sanitária que ocasionaa ma higienização e consequentemente acaba sendo principal fator para grande proliferação de bactérias que provocam infecção generalizada e levam muitos pacientes a óbito. E os órgãos responsáveis não têm tomado nenhuma providencia para que isso tenha fim. Aproveitando-se dos clamores da população que chega à beira do desespero nas portas dos hospitais públicos das cidades, muitos programas populares servindo-se do apelo da população divulgam a situação inicialmente apenas para manter a “audiência”, mas não cobram dos governantes de maneira constante a resolução dessa problemática. Na semana passada, com a greve dos médicos, pacientes gemiam com dores sem atendimento dentro do Hospital Regional. E até mesmo foi presenciado um paciente com o crânio exposto, ensangüentado, morrendo sem atendimento, em um piso frio do corredor daquele hospital. A voz de quem sofre com o apagão da saúde pública a de ser mais forte que dos cansados que sofreram com o apagão aéreo . Os necessitadosda saúde estão cansados, mas não têm a quem recorrer, e ainda tem que batalhar todo o dia pra conseguir mais uma consulta. Diante desta realidade - que não é vista como novidade, mas como um problema que já se tornou crônico e exige solução rápida - quem mais sofre é a população carente, que depende exclusivamente dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde). Ladsson Delon