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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PORQUE O CIDADÃO DO CONTINENTE AFRICANO VALE MENOS DO QUE UM EUROPEU?


Enquanto o mundo olhava para Paris e se solidarizava com a tragédia, o grupo islamista Boko Haram provocava uma nova desgraça na Nigéria. Exterminaram literalmente uma população (entre 2.000 e 3.000 pessoas), a maioria crianças e idosos que não puderam fugir. "Entraram com armas automáticas e lança-granadas", relatam os poucos sobreviventes. 
Como se não fosse suficiente, no último final de semana (10-11/01)utilizaram meninas de 10 anos como ativistas "suicidas". Um horror! No ataque do sábado, morreram 19 pessoas e outros 10 no domingo. Um verdadeiro genocídio.  
Tudo isso se soma ao sequestro de 200 meninas no ano passado, aos 15.000 assassinatos, aos 135.000 que fugiram para o Níger, Camarões e Chad e aos 850.000 que tiveram de se deslocar internamente
O presidente da Conferência Episcopal nigeriana, Mons. Ignacio Ayan Kaigama pede uma manifestação de solidariedade como a que foi gerada pelos atentados de Paris"Não à violência perante as divisões políticas, étnicas e religiosas". O Papa Francisco também denunciou os atentados em sua viagem ao Sri Lanka:
"Pelo bem da paz, nunca se deve permitir que as crenças religiosas sejam utilizadas para justificar a violência e a guerra"
Como se não fosse suficiente, Boko Haram - aliado do Estado Islâmico - pretendeu tomar a base militar do lago Chad na fronteira com o Níger, Chad e Camarões. Não tiveram sucesso e provocaram 143 baixas, mas o problema se internacionaliza.
O exército nigeriano solicitou ajuda internacional. Foi enviada uma mensagem se solidariedade do escritório de Direitos Humanos de Genebra e o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon, disse que a ONU está disposta a intervir. O que esperam? Serão necessários mais quantos mortos para que haja intervenção? Ninguém se importa porque os mortos são de um país pobre? Ou não se importam porque a maioria são cristãos? 
No próximo dia 14 de fevereiro haverá eleições presidenciais e a tranquilidade do processo não está garantida. 
Escreva ao secretário geral da ONU, Ban Ki Moon, e peça uma intervenção militar urgente que freie o genocídio praticado por Boko Haram e restabeleça a paz e a segurança no país.