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sábado, 30 de novembro de 2013

CONDENAÇÃO DOS INTEGRANTES DO MENSALÃO JUSTA OU NÃO?


A prisão dos condenados no mensalão ainda provoca intenso debate no país: parte significativa da população vê a medida como um golpe na impunidade, pois, pela primeira vez, estão sendo mandadas para a cadeia pessoas poderosas, políticos influentes, banqueiros e empresários que se envolveram em corrupção; outra parcela, formada especialmente por militantes e simpatizantes do PT, continua inconformada com o que considera um julgamento político, feito açodadamente e sem provas suficientes, com o propósito de incriminar integrantes do partido que está no poder. 

Nos dois lados há gente com posições extremadas, desde aqueles que gostariam de ver simples suspeitos condenados à morte até aqueles que colocam seus correligionários e amigos acima do bem e do mal. Temos posições claras sobre essa polêmica. Em primeiro lugar, é impositivo que se descarte o extremismo de ambos os lados. Justiçamento não é Justiça e as penas aplicadas aos condenados no país têm que seguir estritamente o que prevê a legislação. Mas em hipótese alguma alguém pode ficar acima da lei, independentemente de seu histórico de vida ou de sua proximidade com o poder. 

Considerando-se essas premissas, o julgamento dos mensaleiros foi justo, democrático, transparente e atendeu às expectativas da nação. As instituições cumpriram suas atribuições, os réus tiveram amplo direito de defesa e o país pôde acompanhar cada passo do processo, assim como agora acompanha a execução das sentenças. É absolutamente compreensível que os condenados recebam a solidariedade de familiares, amigos e simpatizantes, como também é aceitável que essas pessoas continuem acreditando na inocência de seus parentes e correligionários. Mas daí a levantar suspeitas de ilegalidade e de arbítrio por parte do Judiciário, como fez o diretório nacional do PT em recente nota oficial, vai uma distância quilométrica. 

Não se vislumbra no julgamento e na prisão dos condenados qualquer ameaça ao Estado democrático de direito, como sugere o manifesto partidário. Que julgamento de exceção seria este, se foi feito por magistrados independentes (a maioria indicada por presidentes do próprio partido), com ampla divulgação da imprensa e sob o olhar atento de todo o país? Os petistas inconformados fariam melhor se substituíssem esse maniqueísmo anacrônico por posições mais pragmáticas. 

O que cabe, agora, é exigir que a Corte Suprema aprecie com a mesma atenção e o mesmo rigor outros casos de corrupção política pendentes, entre os quais o episódio de Minas Gerais que ficou conhecido como mensalão tucano. Aos brasileiros, interessa acima de tudo que seus representantes nos governos e na administração pública em geral sejam honestos e comprometidos com o bem público, independentemente da coloração partidária que escolheram para o exercício da política. .
O país continua tendo muito pra se tornar um país justo, mas não podemos negar que o ponta pé de partida já foi dado,daqui pra frente precisamos estar de prontidão para que o pais continue mudando e mudando para melhor, não há mais espaço para que os políticos continue suas tão conhecidas farras  com tem feito ao longa da historia brasileira, precisar mais do que nunca nos unirmos e não e permitirmos um retrocesso na justiça brasileira.


Acebaldo Moreira