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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Copa do Mundo

                               


O especialista, que é doutor em engenharia de transportes e ex-superintendente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), classificou como realista o estudo divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que indicou que nove dos 13 aeroportos que receberão investimentos para modernização e aumento de capacidade, com vistas à Copa do Mundo de 2014, não ficarão prontos a tempo. 'É muito improvável que a Infraero consiga cumprir o cronograma de modernização e aumento da capacidade dos aeroportos no prazo previsto', afirmou, destacando que essa é uma opinião pessoal, e não da Abetar.
Segundo Correia, cumprir os prazos seria difícil até mesmo para a iniciativa privada. Ele estima que a construção de um novo aeroporto em São Paulo, como já foi cogitado, levaria no mínimo 10 anos. 'Os prazos da Infraero não são realistas e o prognóstico para a Copa é alarmante', afirmou.
O representante da Abetar acredita que o governo deverá conseguir cumprir apenas as obras emergenciais e terá que ter um plano B para atender ao aumento da demanda previsto para a Copa do Mundo. 'Teremos que ter horários alternativos de voo, durante a madrugada, usar a (Rodovia Presidente) Dutra para deslocamento de pessoas durante o evento e até mesmo pedir para que os estrangeiros não venham para o País', declarou.
Na opinião do especialista, faltou planejamento. 'Para o curto prazo temos recursos, mas não teremos agilidade', avaliou. Correia lembrou ainda que os projetos de ampliação dos aeroportos de Guarulhos (em estudo há três anos), Viracopos e Brasília ainda não foram concluídos.
Questionado por jornalistas se podemos esperar um caos aéreo durante a Copa, Correia disse que não, mas ressaltou que não haverá condições ideais no que diz respeito a serviços. Ele lembrou que os terminais provisórios poderão atender aos passageiros, mas faltará infraestrutura para atender as aeronaves. 'É só um quebra-galho, e de que adianta?', indagou. Para o especialista, as condições estarão longe do que o Brasil está prometendo.

Fonte: Diario da manha 

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